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Eleições 2022: votar consciente é o melhor exercício democrático

Por Érica Alves (3º semestre),

Luiz Gustavo Oliveira (2º semestre) e

Andrei Sampaio Soares (6º semestre)


No último dia 02 de outubro, o Brasil realizou o 1º turno das Eleições 2022, que reuniu seus cidadãos em diferentes zonas eleitorais para eleger candidatos para os cargos públicos de Deputados Estaduais e Federais, Senadores, Governadores e Presidente da República. Votar, é um ato democrático, que foi fruto de muita luta até os brasileiros garantirem o direito ao voto no país. E nesse pleito tivemos números bem expressivos no que diz respeito ao total participantes do processo eleitoral: do total de 156.454.011 eleitores aptos a votar, 123.682.372 compareceram às urnas. O número equivalente a 79,05% do total e a abstenção alcançou o número de 32.770.982. Esses são dados disponibilizados pelo Tribunal Superior Eleitoral. Passado o 1º turno, uma parte da população se prepara para mais um pleito eleitoral: para alguns Estados e também para o cargo máximo, o da Presidência da República, a disputa irá para o 2º turno. Nesses casos, os candidatos envolvidos não chegaram a conquistar 50%+1 do total de votos computados. O que não aconteceu, por exemplo, no Estado do Pará, onde o atual governador, Helder Barbalho (MDB), venceu o pleito em 1º turno com quase 70% dos votos válidos e se elegeu para mais um mandato governamental.


O 2º turno das Eleições 2022 será realizado no último domingo deste mês, no dia 30, quando teremos enfim a definição dos últimos cargos em disputas. Pensando nisso, conversamos com dois eleitores em situações distintas, para saber como eles avaliam o processo democrático.


Ana Clarisse Silva, 20 anos, é estudante do 2º semestre do curso de Jornalismo, da Faculdade Estácio do Pará, e participa do pleito pela primeira vez. Ela conta que o motivo por trás de tirar o Título Eleitoral foi para participar da definição dos rumos do país: "Com o Título de Eleitor temos a oportunidade de participar do processo eleitoral e ajudar a definir o futuro de nosso país. As eleições afetam a nossa vida tanto no presente como no futuro”.


A estudante também diz que as aulas do curso a ajudaram, numa formação política mais consciente: “Logo no meu primeiro semestre tive aula de Comunicação e Política, e foi nessa disciplina que eu comecei a tirar as dúvidas, e entender um pouco mais sobre o assunto de uma forma diferente”, comentou.


Já para o eleitor e estudante de Direito do 4º semestre, Alessandro Tavares, 23 anos, que já votou em outras Eleições, esse ano o que lhe chama a atenção é a forte presença do público mais jovem: “Em relação aos demais anos que eu participei, esse é o que mais eu percebo a participação de jovens no âmbito político”. Para ele, a faculdade nesse processo da escolha eleitoral serviu como auxílio na construção de uma consciência política e de escolha: “A faculdade promove um ganho de conhecimento, nos dando um senso crítico para analisar os candidatos e assim temos um voto mais consciente. O meu curso de Direito também me propicia uma boa leitura de todo esse processo eleitoral, em termos políticos e de legislação”, ressaltou.


Os estudantes fazem parte do aumento significativo de eleitores que houve neste ano no Estado do Pará. Em dados divulgados no pré e pós eleição por parte do Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA), foram 6 milhões de eleitores, o que representou um crescimento de 5,63% em relação às ultimas eleições de 2020. Desse total, as mulheres são 50% do eleitorado (3.066.174), à frente dos homens, em cerca de 50 mil cadastros. Além das mulheres, muitas pessoas votarão pela primeira vez: 367 mil eleitores no total, sendo que 122 mil, entre 16 e 18 anos.


CONSTRUÇÃO DE UMA CONSCIÊNCIA POLÍTICA

Para entender o momento político, a relação dos novos eleitores e como a academia pode se fazer presente no que diz respeito ao voto democrático e a consciência política de novos ou velhos eleitores, a Agência 360 conversou com a prof.ª Ma. Karen Santos da Faculdade Estácio do Pará, que analisou o processo eleitoral para nós.


Em relação ao processo de construção de uma consciência política no meio acadêmico, Karen afirmou: “Esse tema, assunto, conceito, está inserido dentro de uma dada realidade, socialmente referenciada, construído dentro de princípios éticos, históricos, culturais, que por si só são políticos, porque a política é o espaço da negociação, convivência, conflito, competição e também de cooperação”. E complementa: “A consciência política basicamente é a capacidade que eu tenho de perceber, que todas as ações humanas, são ações referenciadas por ideologias, por princípios, por valores, estes te fazem agir por meio de uma consciência, em nome daquilo que você acredita. Quando você coloca em prática isso dentro de sala de aula e dá esse plano de fundo, é uma forma de realizar que as coisas não são assim tão objetivas”.


Mas essa consciência política não se dá só em uma relação que parte de um único lado, além da presença de um Professor na figura do Docente para propor o diálogo sobre esse tema, é preciso que todos os indivíduos envolvidos no processo da educação, participem e dialoguem para a construção dessa consciência. “Precisamos estar dialogando todo o tempo uns com os outros, convivendo pacificamente, se reconhecendo e percebendo, de forma reflexiva, que é necessária uma postura de dúvida, criticidade, questionamento, a partir disso conseguimos construir uma consciência política, construção essa que não é de um indivíduo para o outro, é relacional, de um indivíduo em contato com outro”, afirmou.


Afinal, os professores são ou não são formadores de opinião, sobretudo política? A resposta da professora é "Sim!". "Os professores são formadores de opinião, de opinião política. O professor se tornando uma referência, de conduta, ética, postura, serve de inspiração para alguns alunos, devido a nossa trajetória. O professor tem aquela bagagem de conhecimento, é intitulado como mestre, é um formador de opinião política, pois de certa forma você acredita naquilo que seu professor diz, 'Se o professor tá de um lado, eu tô do lado dele'.".


O Professor se configura como uma referência, alguém a ser seguido. Então, o Docente deve se preocupar como ministrar cada conteúdo com essa consciência de que é um formador de opinião e que tem alunos que podem seguir e reproduzir os ensinamentos e discursos apresentados em sala de aula ao longo do processo acadêmico. “Sim, o professor é um indivíduo, que forma (em termos de opinião) outros indivíduos, e por si só se torna uma referência, social, acadêmica, de conhecimento, acaba se tornando um indivíduo de maior projeção para outro indivíduo”, afirma Karen Santos, destacando esse papel de referência que o Educador tem frente as turmas com as quais ele trabalha.

 
 
 

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