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Desafios na construção do hábito de leitura

O Dia Nacional do Livro foi comemorado no dia 29 de outubro. É uma data que celebra o dia em que a corte portuguesa trouxe a primeira biblioteca para as terras brasileiras. Logo, em homenagem a este dia falaremos um pouco sobre o hábito da leitura, principalmente para os estudantes brasileiros.

Apesar das muitas novidades tecnológicas, o estudante brasileiro não consome muito a leitura. E levando em conta a falta de democratização do livro, esse desafio se torna cada vez maior. Segundo pesquisa de 2021 publicada pela revista Gente, apenas 52% da população exerce o hábito de ler e em sua maioria mulheres e pessoas brancas. Ou seja, muito ainda precisa se discutir a respeito da importância pedagógica da leitura.


Mesmo que o nível de leitura esteja decaindo, em Belém, vemos muitos esforços para melhorar essa situação. Um grande exemplo é o acervo disponibilizado pela Biblioteca Artur Viana (Centur). Segundo o bibliotecário Edielson Rodrigues, o movimento na biblioteca, que tinha diminuído devido ao período pandêmico aumentou depois da grande diversificação de materiais disponíveis, como gibis, mangás, e outros tipos de literatura que atraem um público bem eclético.

Estantes de livros da Biblioteca Artur Viana, em Belém (PA). Créditos da imagem: Reprodução / Centur.

Mas esse desejo de querer um futuro melhor para os jovens por meio da leitura não vem apenas de iniciativas governamentais. A biblioteca comunitária Nossa Biblioteca, localizada no bairro do Guamá, lida desde 1977 com a democratização da leitura, ajudando pessoas de todas as idades com doações e empréstimos de livros, e até ações para auxilio da comunidade como o plantão psicológico que ocorreu no dia 23 de outubro. Além disso, eles ainda abrem as portas para grupos de estudo e oficinas como a de confecção de estandartes realizada para o cortejo visagento, uma festividade de halloween.


A leitura dentro da formação acadêmica


O ato da leitura é uma das ferramentas essenciais para todos os nichos. Isso auxilia em especial os universitários, já que este hábito contribui na expansão do vocabulário, reflexão e conhecimento de mundo e ajuda a entender melhor as informações diárias. Em uma simples conversa é possível notar a diferença entre uma pessoa que não exercita o hábito frequentemente e uma leitora assídua.


O aluno Italo Rocha, de publicidade e propaganda, diz que não vê dificuldades no âmbito acadêmico, mas lê apenas o necessário. “Quando mais novo, costumava ler com frequência, durante o crescimento acabei por perder o apreço pela leitura e só leio o indispensável ou algo que me interesse bastante”, afirma. Além disso, o rapaz adiciona também, que na escola tinha que ler livros contra sua vontade e isso não o ajudou na construção desse hábito.


Aluna Anna Carvalho com seus livros. Foto: Acervo pessoal da entrevistada.

Já a aluna de design gráfico, Anna Carvalho, ao ser questionada sobre a facilidade e desafios que enfrenta por gostar de ler respondeu que “A facilidade está no entendimento de mundo e facilidade de imersão em temas complexos. Porém, tenho dificuldades as vezes de ler textos muito técnicos” . Ela também diz sobre a grande facilidade e maior acesso à livros devido a leitura virtual.


Nota-se que o hábito independe do curso, mas deve ser reforçado em todas as idades dando atenção ao gênero que mais atrai o leitor, para que assim o mesmo siga sendo incentivado a ler e exercer esse hábito fundamental. E a Estácio-FAP colabora para a expansão cultural e acadêmica dos alunos. É possível ver esse empenho no grande acervo da biblioteca e, em especial, da biblioteca virtual, que conta com vários livros de domínio público e que possui um acervo que foge somente de artigos universitários.


Apesar de possuir uma grande coletânea, infelizmente poucos sabem da facilidade do acesso e quais os livros disponíveis. Ao ser questionada sobre isso, a bibliotecária Hanna Martins fala da nova ação de imersão à leitura da biblioteca: agora, qualquer pessoa pode doar e/ou pegar um livro emprestado da estante que fica logo na entrada do espaço. A colaboradora também diz que “A biblioteca universitária, está ligada diretamente ao mercado de trabalho. Então, todo o conhecimento disponibilizado pela biblioteca é voltado a isso. E como na instituição temos os dois nichos, presencial e online, também é possível ver dois tipos de alunos interessados”.


Estante de livros localizada na biblioteca da faculdade Estácio do Pará. Crédito da imagem: Reprodução / Estácio FAP.

Mesmo diante da dificuldade em tornar o espaço mais popular entre os alunos, Hanna fala a respeito do constante crescimento de alunos na biblioteca após o período pandêmico. O que mostra a volta do interesse a algo que estava sendo deixado de “lado”, mas, devido o período de lockdown, retornou a rotina de muitos estudantes.


Do ponto de vista pedagógico, segundo a diretora acadêmica e pedagoga Alana Lins, a faculdade Estácio-FAP, apesar de incentivar a leitura, não nota um grande rendimento e entusiasmo dos alunos devido a extrema imersão na tecnologia. E isso dificulta a vivência acadêmica dos discentes na hora de apresentar artigos e livros para um melhor aprendizado. Ela diz que, apesar das tecnologias presentes na atualidade, a leitura sempre será o método mais importante e eficaz para adquirir aprendizado.


Entrevista com a diretora acadêmica Alana Lins. Créditos da imagem: Raphael Sued.

Por isso, é extremamente necessário novos incentivos que englobe todas as áreas, dando ênfase no âmbito tecnológico, para assim tentar se adaptar ao novo mundo multimidiático sem perder de vista a importância que a leitura sempre terá a todos, auxiliando também, através de eventos de doações, pessoas de baixa renda, para que a leitura seja um ato democratizado e não elitista.



 
 
 

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